Introdução:
Muitas
vozes são ouvidas no mundo umas pra bem e outras para mal. O fato é que se
alguém se levanta com uma forte convicção ela é ouvida, não importando quão
absurda ela seja.
Podemos
citar com os exemplos antagônicos: se tivemos por um lado Gandhi, Martin Luther
King Jr, como representantes do bem, tivemos por outro lado Hitler e o pr. Jim
Jones como representantes do mal.
O
que tem estes exemplos diferentes de comum? A convicção. Eles foram ouvidos tanto para bem como para o mal
porque tinham uma mensagem pela qual estavam dispostos a morrer.
O
mundo é representado na bíblia como um lugar de trevas e pecado. A introdução de Jesus no mundo significa a
Luz de Deus para os seus habitantes.
Assim disse o profeta messiânico Isaias - "O povo que andava em
trevas, viu uma grande luz, e sobre os que habitavam na região da sombra da
morte resplandeceu a luz." (Isaías
9 : 2); bem como Matheus em seu evangelho "O povo, que estava assentado em
trevas, Viu uma grande luz; E, aos que estavam assentados na região e sombra da
morte, A luz raiou." (Mateus 4 :
16).
Como
disse o apóstolo João: ".... Deus é luz, e não há nele trevas
nenhumas." (I João 1 : 5). Assim, a
verdadeira luz do conhecimento divino vem de Deus. Entretanto, desde que Adão e Eva se separaram
de Deus por causa do pecado, toda a sua descendência, por conseguinte toda a
humanidade ficou separada de Deus por causa do pecado (Isaias 59:1,2), ou seja,
a humanidade ficou nas trevas.
Tomando por base a experiência com os
atenienses no aerópago: "(Pois todos os atenienses e estrangeiros
residentes, de nenhuma outra coisa se ocupavam, senão de dizer e ouvir alguma
novidade)." (Atos 17 : 21)
Não
é diferente de hoje. Estamos na era da informação. O produto mais valioso hoje não é o ouro, o
petróleo ou o diamante, mas a informação.
A informação dita oportunamente alavanca empresa, torna homens ricos do
dia para a noite, mas também pode salvar vidas.
É nesta última condição, salvar vidas, que eu quero falar nesta noite.
Desenvolvimento
Nas
bem-aventuranças ( vv. 2 a 12 ) Jesus
Cristo dita os princípios que normatizam e orientam a verdadeira vida cristã,
considerados por isso como um resumo dos seus ensinamentos e a respeito do
Reino de Deus, do acesso ao Reino e da transformação que esse Reino produz.
E em
seguida, nos vv. 13 a 16, Ele usa duas metáforas para descrever a essência do
caráter que seus discípulos devem te e qual a sua missão no mundo: o sal e a
luz. A revelação por trás destas metáforas é que a Igreja e o mundo são
comunidades separadas. Entretanto, embora separados a finalidade de existência
de um é para atender o outro.
Vejamos:
De um lado está "a terra"; de outro, "vós" que sois o sal
da terra ou de um lado está "o mundo"; de outro, "vós" que
sois a luz do mundo. Sendo assim, tendo
em mente que o sal e a luz são a igreja, ao estudarmos ambos os elementos
podemos por analogia entender o Senhor espera dela.
O sal da terra (v. 13) – O
sal no AT era fundamental nos sacrifícios, significando compromisso e pureza.
"E todas as tuas ofertas dos teus alimentos temperarás com sal; e não
deixarás faltar à tua oferta de alimentos o sal da aliança do teu Deus; em
todas as tuas ofertas oferecerás sal." (Levítico 2 : 13)
Na
época de Jesus era algo muito precioso: - Os soldados recebiam o seu pagamento
em sal - daí vem a palavra salário; era
usado não somente como tempero, mas também para conservar a carne e preservar
os alimentos da deterioração.
Isto significa que, quando o mundo se
deteriora como o peixe ou a carne estragada, a Igreja pode retardar esse efeito.
Por esta razão o sal deve conservar a sua integridade, pois se perder a sua
salinidade, perde a sua utilidade, não tempera mais e nem conserva, não servirá
nem de adubo. Será jogado fora e pisado pelos homens.
Temos
que ter em mente que quando digo isto não me refiro a costumes, mas estou
falando do caráter cristão que Jesus retrata no sermão da montanha. Tudo o que ali está escrito confronta a
natureza carnal. Fala de humildade, contrição, mansidão, justiça impar,
misericórdia, santidade, pacificação, fé nas provações e conforto nos indicando
que os seus seguidores serão recompensado na vida futura pelo sofrimento
suportado.
"Tende
sal em vós mesmos", disse Jesus em outra ocasião, Mc 9:50, A salinidade do
cristão é o seu caráter conforme descrito nas bem-aventuranças, é o discípulo
cristão verdadeiro, visível em atos e palavras, Lc 14:34, 35; Cl 4:6. Para ter
eficácia, o cristão precisa conservar a sua semelhança com Cristo, assim como o
sal deve preservar a sua salinidade. É importante ressaltar que para se
temperar a comida você não precisa de muito sal, isto significa a importância
do testemunho individual. Neste sentido,
penso em homens que mudaram reinos através de seu testemunho pessoal como
Daniel e seus três amigos. na Babilônia – Dn. 3.28,30 – 6.26:28.
A luz do mundo (vs. 14-16) -
Jesus esclarece que essa luz são as nossas "boas obras". Que os
homens vejam as vossas boas obras, disse, e glorifiquem a vosso Pai que está
nos céus, pois é através dessas boas obras que a nossa luz tem de brilhar.
Assim
como acontece: com o sal, também a afirmação referente à luz foi seguida de
uma condição: Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens. Se o sal pode
perder a sua salinidade, a luz em nós pode transformar-se em trevas, Lc 6:23.
Mas nós temos de permitir que a luz de Cristo dentro de nós brilhe para fora, a
fim de que as pessoas a vejam. Como de discípulos de Jesus, não devemos esconder
a verdade que conhecemos ou a verdade do que somos. Não devemos fingir que
somos diferentes, mas devemos desejar que o nosso Cristianismo seja visível a
todos.
Então
as pessoas nos verão, e verão as nossas boas obras e, assim, glorificarão a
Deus, pois reconhecerão inevitavelmente que é pela graça de Deus que somos
assim, que a nossa luz é a luz dele, e que as nossas obras são obras dele
feitas em nós e através de nós.
Até
mesmo aqueles que nos injuriam não poderão deixar de glorificar a Deus por
causa da própria justiça pela qual eles nos perseguem (vs. 10-12).
Conclusão - João
Batista veio vestido de peles de camelo e comia gafanhotos e mel silvestre,
Jesus veio vestido normalmente, ambos foram ouvidos, não pela aparência, mas
pela essência, pela mensagem que tinham. A aparência mundana ou o rigor
tradicionalista não são nada sem uma mensagem.
Não
cola a desculpa de se parecer como o mundo, Aliás, a recomendação de Paulo é de
nãos nos conformamos com este mundo, ou seja, se acomodar neles, gostar dele, a
ponto de admirá-lo e preferi-lo ao Senhor e a sua Igreja. Diz mais, se torna
nova criatura (II Cor. 5: 17),
Três lições para concluirmos:
Primeiro –
Um resumo do que foi dito na Sermão da Montanha diz respeito a bondade, Se
seguirmos os mandamentos do Senhor Jesus Cristo seremos bem aventurados, ou
seja, muito abençoados, felizes. Então nos apliquemos à bondade.
Segundo – O
mundo somente pode influenciado pela igreja se o seu corpo, que são os
discípulos de Jesus tiver sal e for luz e para isto precisam viver de acordo
com as bem-aventuranças.
Terceiro - Deus
será glorificado no mundo através do nosso compromisso em vivermos as
bem-aventuranças. Jesus afirma isto tanto no começo do seu ministério no Sermão
da Montanha, como no final, quando diz algo semelhante: "Nisto é
glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tomareis meus
discípulos, Jo 15:8.".
Não
tenha medo, o mundo o ouvirá se você estiver convicto de sua mensagem.
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