17.03.2013 – O Mundo Ouve Quem Tem Algo A Dizer.

Texto-base:  Mateus 5:13-16 – “Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está no céus.”

Introdução:
Muitas vozes são ouvidas no mundo umas pra bem e outras para mal. O fato é que se alguém se levanta com uma forte convicção ela é ouvida, não importando quão absurda ela seja.
Podemos citar com os exemplos antagônicos: se tivemos por um lado Gandhi, Martin Luther King Jr, como representantes do bem, tivemos por outro lado Hitler e o pr. Jim Jones como representantes do mal.
O que tem estes exemplos diferentes de comum? A convicção. Eles foram ouvidos tanto para bem como para o mal porque tinham uma mensagem pela qual estavam dispostos a morrer.
O mundo é representado na bíblia como um lugar de trevas e pecado.  A introdução de Jesus no mundo significa a Luz de Deus para os seus habitantes.  Assim disse o profeta messiânico Isaias - "O povo que andava em trevas, viu uma grande luz, e sobre os que habitavam na região da sombra da morte resplandeceu a luz."  (Isaías 9 : 2); bem como Matheus em seu evangelho "O povo, que estava assentado em trevas, Viu uma grande luz; E, aos que estavam assentados na região e sombra da morte, A luz raiou."  (Mateus 4 : 16).
Como disse o apóstolo João: ".... Deus é luz, e não há nele trevas nenhumas."  (I João 1 : 5). Assim, a verdadeira luz do conhecimento divino vem de Deus.  Entretanto, desde que Adão e Eva se separaram de Deus por causa do pecado, toda a sua descendência, por conseguinte toda a humanidade ficou separada de Deus por causa do pecado (Isaias 59:1,2), ou seja, a humanidade ficou nas trevas.
 Tomando por base a experiência com os atenienses no aerópago: "(Pois todos os atenienses e estrangeiros residentes, de nenhuma outra coisa se ocupavam, senão de dizer e ouvir alguma novidade)."  (Atos 17 : 21)
Não é diferente de hoje. Estamos na era da informação.  O produto mais valioso hoje não é o ouro, o petróleo ou o diamante, mas a informação.  A informação dita oportunamente alavanca empresa, torna homens ricos do dia para a noite, mas também pode salvar vidas.  É nesta última condição, salvar vidas, que eu quero falar nesta noite.
Desenvolvimento
Nas bem-aventuranças ( vv. 2 a 12  ) Jesus Cristo dita os princípios que normatizam e orientam a verdadeira vida cristã, considerados por isso como um resumo dos seus ensinamentos e a respeito do Reino de Deus, do acesso ao Reino e da transformação que esse Reino produz.
E em seguida, nos vv. 13 a 16, Ele usa duas metáforas para descrever a essência do caráter que seus discípulos devem te e qual a sua missão no mundo: o sal e a luz. A revelação por trás destas metáforas é que a Igreja e o mundo são comunidades separadas. Entretanto, embora separados a finalidade de existência de um é para atender o outro.
Vejamos: De um lado está "a terra"; de outro, "vós" que sois o sal da terra ou de um lado está "o mundo"; de outro, "vós" que sois a luz do mundo.  Sendo assim, tendo em mente que o sal e a luz são a igreja, ao estudarmos ambos os elementos podemos por analogia entender o Senhor espera dela.
O sal da terra (v. 13) – O sal no AT era fundamental nos sacrifícios, significando compromisso e pureza. "E todas as tuas ofertas dos teus alimentos temperarás com sal; e não deixarás faltar à tua oferta de alimentos o sal da aliança do teu Deus; em todas as tuas ofertas oferecerás sal."  (Levítico 2 : 13)
Na época de Jesus era algo muito precioso: - Os soldados recebiam o seu pagamento em sal - daí vem a palavra salário;  era usado não somente como tempero, mas também para conservar a carne e preservar os alimentos da deterioração.
 Isto significa que, quando o mundo se deteriora como o peixe ou a carne estragada, a Igreja pode retardar esse efeito. Por esta razão o sal deve conservar a sua integridade, pois se perder a sua salinidade, perde a sua utilidade, não tempera mais e nem conserva, não servirá nem de adubo. Será jogado fora e pisado pelos homens.
Temos que ter em mente que quando digo isto não me refiro a costumes, mas estou falando do caráter cristão que Jesus retrata no sermão da montanha.  Tudo o que ali está escrito confronta a natureza carnal. Fala de humildade, contrição, mansidão, justiça impar, misericórdia, santidade, pacificação, fé nas provações e conforto nos indicando que os seus seguidores serão recompensado na vida futura pelo sofrimento suportado.
"Tende sal em vós mesmos", disse Jesus em outra ocasião, Mc 9:50, A salinidade do cristão é o seu caráter conforme descrito nas bem-aventuranças, é o discípulo cristão verdadeiro, visível em atos e palavras, Lc 14:34, 35; Cl 4:6. Para ter eficácia, o cristão precisa conservar a sua semelhança com Cristo, assim como o sal deve preservar a sua salinidade. É importante ressaltar que para se temperar a comida você não precisa de muito sal, isto significa a importância do testemunho individual.  Neste sentido, penso em homens que mudaram reinos através de seu testemunho pessoal como Daniel e seus três amigos. na Babilônia – Dn. 3.28,30 – 6.26:28.
A luz do mundo (vs. 14-16) - Jesus esclarece que essa luz são as nossas "boas obras". Que os homens vejam as vossas boas obras, disse, e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus, pois é através dessas boas obras que a nossa luz tem de brilhar.
Assim como acontece: com o sal, também a afirmação refe­rente à luz foi seguida de uma condição: Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens. Se o sal pode perder a sua salini­dade, a luz em nós pode transformar-se em trevas, Lc 6:23. Mas nós temos de permitir que a luz de Cristo dentro de nós brilhe para fora, a fim de que as pessoas a vejam. Como de discípulos de Jesus, não devemos esconder a verdade que conhecemos ou a verdade do que somos. Não devemos fingir que somos diferentes, mas devemos desejar que o nosso Cristianismo seja visível a todos.
Então as pessoas nos verão, e verão as nossas boas obras e, assim, glorificarão a Deus, pois reconhecerão inevitavelmente que é pela graça de Deus que somos assim, que a nossa luz é a luz dele, e que as nossas obras são obras dele feitas em nós e através de nós.
Até mesmo aqueles que nos injuriam não poderão deixar de glorificar a Deus por causa da própria justiça pela qual eles nos perseguem (vs. 10-12).
Conclusão - João Batista veio vestido de peles de camelo e comia gafanhotos e mel silvestre, Jesus veio vestido normalmente, ambos foram ouvidos, não pela aparência, mas pela essência, pela mensagem que tinham. A aparência mundana ou o rigor tradicionalista não são nada sem uma mensagem.
Não cola a desculpa de se parecer como o mundo, Aliás, a recomendação de Paulo é de nãos nos conformamos com este mundo, ou seja, se acomodar neles, gostar dele, a ponto de admirá-lo e preferi-lo ao Senhor e a sua Igreja. Diz mais, se torna nova criatura (II Cor. 5: 17),
Três lições para concluirmos:
Primeiro – Um resumo do que foi dito na Sermão da Montanha diz respeito a bondade, Se seguirmos os mandamentos do Senhor Jesus Cristo seremos bem aventurados, ou seja, muito abençoados, felizes. Então nos apliquemos à bondade.
Segundo – O mundo somente pode influenciado pela igreja se o seu corpo, que são os discípulos de Jesus tiver sal e for luz e para isto precisam viver de acordo com as bem-aventuranças.
Terceiro - Deus será glorificado no mundo através do nosso compromisso em vivermos as bem-aventuranças. Jesus afirma isto tanto no começo do seu ministério no Sermão da Montanha, como no final, quando diz algo semelhante: "Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tomareis meus discípulos, Jo 15:8.".
Não tenha medo, o mundo o ouvirá se você estiver convicto de sua mensagem.

13-03-13 – Vencendo as emoções



3ª Mensagem da Campanha de Renovação Espiritual.
Texto-base: “Eu sei que o meu Redentor vive e que por fim se levantará sobre a terra” (Jó 19.25).
Introdução:
O ser humano foi dotado de emoções desde a sua criação. É a capacidade de sentir internamente os fatos que ocorrem diante de seus olhos e que acontecem com sua pessoa. As emoções são respostas da inteligência e da avaliação do sentimento do ego.
não são os acontecimentos que deflagram as nossas emoções, mas o que pensamos sobre os acontecimentos.”
O personagem do texto em questão talvez seja um dos mais conhecidos. Tanto assim o é que seu nome está ligado à virtude da paciência através até de ditado popular.
Depois de ser provado materialmente, afetivamente, emocionalmente e até espiritualmente, este homem manteve a firme resolução de ser fiel a sua fé no Todo-Poderoso. Sua vida nos serve de inspiração de como enfrentar os infortúnios deste mundo tenebroso ou as provas às quais somos submetidos. Ele só foi vitorioso porque a sua fé foi maior que a emoção.
Aplicação
Emoções são forças poderosíssimas e muitas vezes determinantes de uma vida. Quantas vezes em sua vida você toma decisões equivocadas sem pensar, por pressões ou ansiedades? Quantas pessoas você feriu com palavras e atitudes nas mesmas circunstâncias emocionais cujas consequências dificilmente foram restauradas?  Por esta razão, aprender a dominar nossas emoções é algo que precisa ser trabalhado dia a dia.
O primeiro entendimento que devemos ter em relação a nossa emoção, é que nenhuma emoção é fixa, ou seja, ninguém está todo dia feliz, ou triste. Nós precisamos nos permitir viver nossas emoções, e não sufocá-las. Todos nós teremos um dia em que estaremos de mau-humor, ou desanimado, entristecidos. Outros dias acordaremos com vontade de sorrir e nos achando os mais belos seres do universo.
Não somos obrigados a viver sorrindo, ou viver sempre de bom humor, ou dizer sim para tudo. Podemos também ter um momento de ficar quietos, sozinhos, e refletir sobre nossa vida.
As emoções são benefícios e não malefícios; dependendo de como são desfrutadas.  As emoções podem ser positivas ou negativas.
Emoções positivas: Bondade, compaixão, misericórdia, amor e assim por diante, são boas emoções e nos afetam positivamente e também aos que nos rodeiam.
Emoções negativas: Ansiedade, depressão, ira, raiva, rancor, orgulho, culpa, solidão, são estados de espírito egoístas que não afetam apenas você, mas também as pessoas em torno de você e sua família, amigos e colegas de trabalho.
Baixa auto-estima, pecados não confessados, recordações, falta de perdão, problemas econômicos, familiares e de saúde são circunstâncias pela qual surgem esses sentimentos negativos.
É bom lembrar que quem está aprisionado exteriormente por barras de ferro, ainda pode ser livre para pensar e sentir, mas quem é prisioneiro interiormente na sua emoção, no âmago da sua alma, além de perder a liberdade de pensar e sentir perde também o encanto pela vida. Nunca antes vimos no mundo tantas vítimas de misérias emocionais.
As prisões nos retiram o que temos de maior valor, nossa liberdade. Uma das prisões que pode atingir o ser humano é aquela que o aprisiona pelo lado de dentro, acorrentando a alma. Essa prisão não restringe os movimentos do corpo, mas confina pensamentos e controla a emoção. Quem nos fez livres destas prisões e nos libertou foi Jesus Cristo. Libertou-nos das cadeias espirituais, das amarras do pecado e nos fez livres.  Dessa forma muitas pessoas são livres do pecado, são livres em sua profissão, em seu ministério, em sua família, mas são presas emocionalmente, presas dentro de si mesmas. São as prisões emocionais. São verdadeiros sentimentos e emoções que aprisionam as pessoas ao passado, a situações, a pessoas, a memórias etc ....
Os Cárceres Emocionais:
1º Cárcere Emocional: Repressão
Quantas coisas nós reprimimos? Quantos sonhos reprimidos? Na verdade, somos entulhadores de nossas emoções.
Quantos desejaram estudar música, mas fizeram engenharia para "ganharem mais dinheiro".
Quantos sonharam em casar com a pessoa amada, mas por causa de alguma coisa, ou de alguém abriram mão.
Quantos de nós gostaríamos de falar algo para alguém, mas nos reprimimos. "engolimos sapos".
Existem pessoas que sempre reprimirão tanto suas emoções que estão a ponto de estourar. Sempre que uma emoção é reprimida, em algum momento da vida ela será liberada.
2º Cárcere Emocional: Auto-condenação
Na situação bíblica, onde aquela mulher foi pega em adultério, e desejavam apedrejá-la, vemos que nenhuma pedrada a machucaria tanto quanto as que ela mesma estava se dando.
Temos essa tendência punitiva de auto-condenação (I João 3.20). Ficamos nos martirizando por nossos erros, e falhas do passado.
Quando erramos, e reconhecemos que erramos, temos a chance de aprender com nossos erros, e não nos auto-apedrejar.
3º Cárcere Emocional: Segredos
Segredos sufocam a alma. Existem pessoas que estão encarceradas em segredos, e nunca tiveram coragem de se abrir, e revelar. Porque? Porque têm medo se mostrar.
Quantas vezes ficamos entalados com segredos, que nos aprisionam, nos sufocam, e fazem-nos sentir impuros, mentirosos, e nos trancam em nossas almas. Talvez você tenha algo guardado há tanto tempo, e chegou a hora de você se esvaziar dessa culpa, dessa cobrança. Com este segredo talvez você viva uma mentira para si e para os outros, menos para Deus.
4º Cárcere Emocional: pena
A pena é um sentimento de fuga. É apenas uma desculpa para nos fazer parecer ser bonzinhos. Ela paralisa, ao invés da pena, tenha compaixão e faça algo para mudar a situação.
Têm gente que tem pena de si mesma. "Ai eu sou um coitadinho", "um pobre coitado", só falta virar santo.
Somos autores de nossa história, lembre-se de Jabez (I Crônicas 4:9-10). Nasceu amaldiçoado, mas reescreveu sua história.

5º Cárcere Emocional: Imagem.
Sempre queremos passar uma imagem, alguns de bonzinhos, outros de fortes, muitos de perfeitos, bem sucedidos. Muitas vezes não somos capazes de assumir quem verdadeiramente somos, vendemos uma imagem. E somos escravos dessa imagem.
Não apenas uma imagem física, mas uma imagem emocional. Você precisa também chorar, expor suas emoções. Mostrar que você não é perfeito, tem falhas, e o que tem de errado nisso?
Davi disse: sou fraco.
Paulo disse: Tudo que detesto faço.
Deixe o Senhor tirar sua alma do cativeiro interior, confesse ao Senhor suas feridas e limitações, e deixe-O tratar.
Alguns conselhos:
1 – Preocupaçãoansiedade. Mt 6. 25-34 - Remédio: Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós. 1 Pedro 5:7

2 – Inquietação desassossego. Lc 10. 38-42 - Remédio: E procureis viver quietos, e tratar dos vossos próprios negócios, e trabalhar com vossas próprias mãos, como já vo-lo temos mandado; 1 Tessalonicenses 4:11

3 – Medo – insegurança. Nm 13. 31-3. - Remédio: Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Romanos 8:31.

4 – Mágoa – revolta. Lc 9. 51-56 - Remédio: Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus perdoou vocês em Cristo. Efésios 4:32

5 – Impaciência – nervosismo. Jó 2. 9 - Remédio: Sl 40.1 – Esperei com paciência no SENHOR, e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor. Salmos 40:1

6 – Ciúme – inveja. I Sm 18. 6-9 - Remédio: Jo 15. 16. - Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda.  João 15:16

7 – Hesitação – dúvida. Tg 1. 8 - Remédio: I Co 15. 58 - Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor. 1 Coríntios 15:58

“o homem não se deixa perturbar pelas coisas, mas pela visão que tem delas” (Epicteto)

03-03-2013 – Porque Crentes Estão Fugindo de Deus?


03-03-2013 – Porque Crentes Estão Fugindo de Deus?
Texto-base: "E os reis da terra, e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os poderosos, e todo o servo, e todo o livre, se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas; E diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro;"  (Apocalipse 6 : 15-16),
Introdução
Ao lermos os encontros de Deus com os seus servos e com o seu povo, reparamos um fato curioso:  Servos de Deus chegaram a ter tal intimidade que Ele falou com alguns face a face, como foi com Abraão nos Carvalhais de Manre (Gn 18.1,13), Moisés no monte Sinai (Ex. 19:3).  Entretanto, o povo teve medo de Deus, e temiam falar com Ele.
Reparo que nos dias de hoje o mesmo ocorre:  Crentes não querem ler a bíblia, fogem das reuniões de oração e dos trabalhos da igreja.  Logo eu concluo: estão fugindo de Deus.  Acham que se omitindo, se ocultando na multidão estarão livres do juízo de Deus.
Por esta razão, é fato que o livro menos estudado e menos lido nas igrejas é o Apocalipse, cujo nome significa revelação. Este livro é cheio de mistérios sobre coisas que virão. É o último aviso de que o mundo certamente terminará e que o julgamento é certo. O livro de Apocalipse nos dá um pequeno vislumbre do céu e de todas as glórias que aguardam aqueles que mantêm as suas vestes brancas, mas também leva-nos através da grande tribulação, com todas as suas aflições, e do fogo final que todos os infiéis terão de enfrentar pela eternidade.
Aplicação
Apesar da figura de linguagem aqui usada, o certo é que o destino reservado a humanidade não é figurativo. São capítulos terríveis de se ler como 9, onde surge o anjo do abismo (demônio que estava preso  e reservado para este dia Jd 6) "E foi-lhes dito que não fizessem dano à erva da terra, nem a verdura alguma, nem a árvore alguma, mas somente aos homens que não têm nas suas testas o sinal de Deus."  (Apocalipse 9 : 4). Por isto convém atentarmos para as causas para evitarmos as consequências:
Apostasia
"E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará."  (Mateus 24 : 12)
Jesus advertiu sobre a apostasia.  Apostasia (em grego antigo απόστασις [apóstasis], "estar longe de") não se refere a um mero desvio ou um afastamento em relação à sua fé e à prática religiosa. Tem o sentido de um afastamento definitivo e deliberado de alguma coisa, uma renúncia de sua anterior fé ou doutrinação. Pode manifestar-se abertamente ou de modo oculto.
“Irmãos, quanto à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo... rogamos a vocês que não se deixem abalar nem alarmar tão facilmente, quer por profecia, quer por palavra... como se o dia do Senhor já tivesse chegado. Não deixem que ninguém os engane de modo algum. Antes daquele dia virá a apostasia” (2 Tessalonicenses 2:1-3).
É justamente este comportamento que revela que o fim está próximo. Jesus falando sobre disto disse: "E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará."  (Mateus 24 : 12)
Deus detesta acima de tudo o evangelho morno de meias verdades que neste momento se está a espalhar por todo o mundo. Este evangelho diz, “Simplesmente creia em Jesus e será salvo. Nada além disso”. Ignora todo o conselho de Deus, que fala do arrependimento dos pecados passados, de tomar a sua cruz, de ser moldado à imagem de Cristo através do trabalho de refinamento do Espírito Santo. Silencia inteiramente acerca da realidade do inferno e do julgamento pós-morte. –
Isaías atenta para este suave evangelho não ofensivo, pelo qual as pessoas clamam hoje. A sua profecia aplica-se diretamente aos dias de hoje, porque Deus o instruiu a escrever isso “para os dias vindouros” (Isaías 30:8): “Porque povo rebelde é este... filhos que não querem ouvir a lei do Senhor. Eles dizem aos videntes: Não tenhais visões; e aos profetas: Não profetizeis para nós o que é reto; dizei-nos cousas aprazíveis, profetizai-nos ilusões; desviai-vos do caminho, apartai-vos da vereda; não nos faleis mais do Santo de Israel” (30:9-11).
De acordo com Isaías, não havia pregação de santidade ou arrependimento. Por que? Porque o povo não queria ser corrigido ou convencido (do pecado). As pessoas recusavam-se a ouvir qualquer coisa que não fosse um evangelho suave. Porém um evangelho diluído não é evangelho de modo algum.
Ezequiel descreve esse evangelho: “Entre o santo e o profano não fazem diferença, nem discernem o impuro do puro; e de meus sábados escondem os seus olhos, e assim sou profanado no meio deles” (Ezequiel 22:26). Ele chama o evangelho diluído de mera caiação “encobrindo falhas ou defeitos” (v. 22:28). Em outras palavras: “Vocês estão levantando paredes com cal. Tais paredes podem aparentar prestígio e força agora, mas o Senhor está enviando uma tempestade que fará estas paredes caírem”.
Grupos religiosos que afastam as pessoas das verdades
 "Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas?  E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade"  (Mateus 7 : 22,23)
Há sérias advertências quanto à sua atuação nos últimos dias, quando agiriam no meio religioso, levando pessoas a pensarem que se realizam autênticos milagres, como profecias, exorcismo, e maravilhas diversas (Mt 7:21-23). No verso 23 Jesus antecipa as palavras que serão ditas a esta classe, “Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade”. O termo grego para iniquidade é anomian, cujo significado é “transgressão da lei”.
Tenho ensinado desde começamos esta obra, onde Deus tem operado seus sinais e maravilhas, os dons são a manifestação de Deus (Icor. 12:7), mas os frutos é a evidência da ação de Deus em nossos corações, a certificação do novo nascimento.
Enquanto religiosos se preocupam com maravilhas e milagres, se esquecem do preparo bíblico requerido e das advertências para os últimos dias quanto às atuações de Satanás. Jesus foi claro sobre o surgimento de “falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos” (Mt 24:24). Paulo advertiu sobre os enganos dos últimos dias. Previu um declínio na adesão à verdade devido à obediência “a espíritos enganadores e a ensinos de demônios” (1Tm 4:1). Fascinados pelos milagres, os religiosos dos últimos dias “não suportarão a sã doutrina... e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas” (2Tm 4:3-4). O apóstolo se refere aos que serão engodados pelo engano, como os que “não acolheram o amor da verdade para serem salvos... não deram crédito à verdade; antes, pelo contrário, deleitaram-se com a injustiça” (2Ts 2:10-12).
Os grupos que dão apoio ao sistema religioso corrupto estão confederados em três categorias: o dragão, a besta e o falso profeta (Ap 16:13). Essas corporações são motivadas por “espíritos de demônios, operadores de sinais” (Ap 16:14). Os estupendos espetáculos de curas, milagres e exorcismo nas igrejas neopentecostais, onde o diabo é aparentemente subjugado, não passa de estratégia satânica para ter acesso à vida das pessoas. Enquanto se conservarem longe das verdades bíblicas, Satanás não se importará com o fato de as pessoas pensarem que ele foi dominado e está fora da vida delas, bem como da dos pastores que supostamente o exorcizaram.
As curas feitas por Jesus tinham um fim em si mesmo. Havia muito sofrimento na Palestina em Seus dias, e a doença ceifava a vida de muitos. Contudo, objetivavam demonstrar a capacidade do Messias de curar também a alma sobrecarregada pelo pecado. As Suas curas abriam as portas do coração para a recepção de verdades ainda ocultas aos olhos daqueles sofredores (Mt 12:22-23; Mc 5:15; Lc 8:38-39, 56, etc.). Curar é um dom do Espírito que deve acompanhar a Igreja até o fim (Mc 16:15-18). Mas, o Espírito é concedido aos que Lhe obedecem (At 5:32), ou seja, àqueles que não praticam iniquidade, que não violam a Lei de Deus (Mt 7:23; 1Jo 3:4).
Mt. 24:37 E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem.38 Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, 39 E não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem.
Solução
Mas apesar destas duas principais influências Jesus  nos mostrou o caminho, como fazer para escapar destas armadilhas.
Em relação à apostasia:
Jesus contou outras duas parábolas antes de sua morte, a parábola das dez virgens (Mateus 25:1-13) e a dos talentos (Mateus 25:14-30). Essas foram, aparentemente, contadas em particular aos seus discípulos (Mateus 24:3). Um tema se destaca nessas duas parábolas: a preparação para a vinda do Senhor.
Na primeira parábola, dez virgens saíram ao encontro do noivo, empolgadas com as alegrias vindouras da festa de casamento. Todas estavam presentes; todas estavam esperando o noivo; todas se sentiam satisfeitas com a sua preparação, pois estavam cochilando e dormindo, e todas tinham lâmpadas. A diferença entre as cinco virgens prudentes e as cinco tolas era que as cinco prudentes trouxeram óleo junto com suas lâmpadas. O tempo da preparação tinha-se passado. Enquanto as virgens tolas estavam comprando óleo, o noivo chegou e elas foram deixadas fora do casamento para sempre. Jesus declarou a aplicação: “Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora” na qual o Filho do homem vem (versículo 13).
Na segunda parábola, um homem que ia viajar para um país distante confiou talentos aos seus servos. A um ele deu cinco, a outro dois e a outro um, distribuindo-os de acordo com a capacidade de cada servo. Os dois servos, um com cinco e o outro com dois talentos, duplicaram o que lhes tinha sido confiado, resultando em louvor e recompensa de seu senhor. O servo com um talento, agindo com temor, foi preguiçoso. Ele escondeu o talento que lhe havia sido dado em vez de usá-lo para obter rendimentos, suscitando a ira de seu senhor e a perda do talento que lhe havia sido entregue.
Há muita semelhança entre as duas parábolas. Em ambas há muita expectativa. As dez virgens estavam esperando o noivo. Os servos sabiam que seu senhor voltaria. O noivo, ou o senhor, que retorna, naturalmente, é Jesus Cristo. Ele há de voltar (Atos 1:9-11). Não há desculpas a quem deixa de aguardar sua volta.
Em ambas as parábolas há preparação. Todas as dez virgens tinham feito alguma preparação. Os dois servos, um com cinco e o outro com dois talentos, tinham-se preparado, obviamente; e até mesmo o servo com um talento tinha feito alguma preparação, mantendo cuidadosamente em segurança seu único talento até a volta de seu senhor.
Em ambas as parábolas há preparação adequada contrastada com negligência. Esse é o grande perigo que enfrenta a maioria dos leitores deste artigo. Não despreparo completo, mas negligência: negligência em abandonar algum mau hábito; negligência em confessar algum erro; negligência em desenvolver os frutos do Espírito; negligência em tirar vantagem completa das oportunidades que Deus coloca diante deles; em resumo, negligência em tornar-se como seu Senhor.
Em ambas as parábolas há responsabilidade individual. Em ambas as parábolas há separação.  E, como consequência, não estão somente excluídos das alegrias do céu, mas têm que sofrer eternamente os tormentos do inferno.
Um dos frutos do Espírito é a alegria ou gozo, a qual uma mente sob o peso do pecado não pode sentir.  Neste caso você só tem uma opção arrepender-se, caso contrário começará a manifestar em você o desejo de fugir  de Deus, os irmãos e por último da igreja.
Em Rm 8:1 Paulo diz: PORTANTO, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito.
Para esteja em paz com Deus é preciso abandonar as obras da carne e busca-Lo. Paulo nos ajuda em Romanos 8: 5-9; Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis. Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus. Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o Espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai (Querido Pai).  Romanos 8:13-15.
Em relação ao falso evangelho
Recorremos ainda a Paulo: " ROGO-VOS, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus."  (Romanos 12 : 1,2).  Não há como ser espiritual sem se envolver com o Espírito.
Jesus disse que se fosse possível os sinais enganariam os escolhidos (Mt. 24:24), ou seja, não é possível àqueles que são escolhidos serem enganados.  Mas quem são os escolhidos? São todos os que estão na igreja? Não, os escolhidos o foram para um propósito e qual foi: Dar fruto. "Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda."  (João 15 : 16).  Que frutos são estes: arrependimento (Mt. 3:8), caráter (Mt.7:7,17) e multiplicação Lc 8:8).
E porque não é possível enganar os escolhidos? "Mas, quando vier aquele, o Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir."  (João 16 : 13). Vejamos bem: nos guiará em toda a verdade, é o que é a verdade: "Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade."  (João 17 : 17).  É a palavra de Deus.  Assim, o crente firme no evangelho é aquele que ora para ter comunhão com Deus, mas que lê para saber qual a vontade Dele na sua vida. Jesus determinou isto: "Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam;"  (João 5 : 39).
Em ambas as situações a responsabilidade é pessoal: Em relação a apostasia, devemos ser vigilantes  e não negligentes.  Ficaram de fora e foram condenados ao fogo eterno:  os servos que não estavam vigilantes (as virgens loucas) e os servos negligentes que usaram seus talentos para multiplicar a renda de seu senhor (parábola dos talentos)
Em ambos os casos, fica claro que a responsabilidade é pessoal.  Não são o pastor e nem os irmãos responsáveis pela tua alma senão você.  Você deve decidir o quanto antes onde quer passar a vida eterna, pois nestes casos ambos foram pegos de surpresa. O antíodo é a mudança de comportamento: leia a bíblia para ser santo "Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti."  (Salmos 119 : 11)e Envolva-se com Deus através da oração para ser fortalecido nele e discernir o engodo de Satanas. "Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido."  (I Coríntios 2 : 15); "Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus."  (Romanos 8 : 14). Faça a sua escolha!